Prefeito de São Paulo autoriza início de programa de videomonitoramento na cidade

Prefeito de São Paulo autoriza início de programa de videomonitoramento na cidade

A fim de aumentar a segurança pública dos seus cidadãos, a partir da assinatura do Prefeito Ricardo Nunes, a cidade de São Paulo oficializou na última segunda-feira (7) a implantação do Smart Sampa, o “maior sistema de monitoramento por câmeras e outras tecnologias integradas”, segundo a Prefeitura. Serão 20 mil câmeras inteligentes de segurança, com tecnologia de biometria facial e integração de diversos serviços públicos, permitindo o monitoramento de ocorrências em tempo real. Ao todo, o sistema poderá contar com até 40 mil câmeras, já que, além das 20 mil previstas na licitação, o programa possibilitará a integração de mais 20 mil câmeras privadas, de munícipes e empresas ou de concessionárias. As 200 primeiras câmeras serão instaladas na região central da cidade nos próximos 60 dias.

Durante a assinatura da autorização de início da implantação, Ricardo Nunes salientou que o Smart Sampa foi desenvolvido respeitando diretrizes para evitar incorreções. “Quem tem que estar preocupado é quem fez alguma coisa contra a lei, mas quem não tem nada contra a lei, fique despreocupado. Alguém que fez algo contra a lei, alguém que traz transtorno para a sociedade, acho que essas pessoas têm que estar preocupadas”, explicou o gestor.

O prefeito detalhou ainda os detalhes para a utilização das imagens: “tem que ter mais de 90% de similaridade na biometria facial e não teremos a transmissão automática às forças policiais quando for detectado alguém que seja, por exemplo, um procurado da Justiça. Ele vai passar ainda por um comitê integrado à Controladoria Geral do Município para a análise antes do envio”.

De acordo com a Prefeitura, para chegar a esse modelo, foram visitados vários locais no mundo que utilizam a inteligência artificial na segurança. “Temos visto e acompanhado que o uso de câmeras tem ajudado em muitas identificações de criminosos”, disse Nunes.

Ainda segundo a gestão municipal, o consórcio vencedor da licitação, que contou com 11 empresas concorrentes, passou por todas as etapas de validação estabelecidas pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU). A conclusão da instalação das 20 mil câmeras está prevista para ocorrer em 18 meses.

Na oficialização da iniciativa, a secretária municipal de Segurança Urbana da capital, Elza Paulina de Souza, ressaltou que a ferramenta vai auxiliar a Prefeitura a dar respostas mais rápidas à população. “É um sistema que está montado em quatro pilares: a prevenção, a pronta resposta, a ação reativa e a integração. Isso vai trazer para todos nós, e inclusive para as forças de segurança, uma possibilidade de avançar, em especial quando trabalhamos com dados e quando podemos transformar esses dados em política pública”.

Integração

Além da Segurança Pública, o Smart Sampa ainda vai se integrar a outros órgãos do serviço público. Está previsto, por exemplo, integrar as ações da CET, SPTrans, CPTM, Metrô, SAMU, além da Guarda Civil Metropolitana e das Polícias Militar e Civil, por meio de uma moderna e inteligente Central de Monitoramento.

O secretário Adjunto de Segurança Urbana, Júnior Fagotti, deu um pequeno exemplo de como essa integração pode ser bastante útil: “Se existe uma esquina com muitos acidentes, por exemplo, poderemos passar as informações para as equipes de trânsito poderem estudar as causas desses acidentes, melhorando o serviço público ao integrar essas informações”, destacou Fagotti.

Locais de instalação

Os aparelhos serão instalados no entorno de equipamentos municipais como escolas, unidades básicas de saúde (UBSs), parques, áreas de grande circulação e com maior incidência de criminalidade, e nas entradas e saídas do município. Segundo a Prefeitura, serão 3.300 câmeras na região central, 6 mil na Zona Leste, 3.500 na Oeste, 2.700 na Norte e 4.500 na Sul.

Comunicação com a população

O Smart Sampa também permitirá criar um canal de comunicação com a população, acompanhando marcadores em postagens públicas, hashtags, menções de órgãos públicos e comentários em postagens nos canais oficiais dos serviços municipais, possibilitando identificar as demandas dos munícipes, como buracos nas vias, alagamentos, congestionamento no trânsito, limpeza urbana, iluminação pública, sistema de sinalização e demais situações que exijam a intervenção do poder público.

Proteção do cidadão

Ainda de acordo com a prefeitura paulistana, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana aprimorou questões jurídicas do sistema para evitar incorreções e garantir a proteção do cidadão. Foram criados anexos que tratam de “políticas de segurança da informação, segurança cibernética e integridade e ética, relatório sobre o impacto de proteção de dados pessoais”. Essas ações têm como objetivo reduzir possíveis riscos e assegurar a proteção dos dados, além de evitar qualquer discriminação ou violação dos direitos individuais no uso da tecnologia.

A Central de Monitoramento do Smart Sampa está prevista para ser instalada no Prédio do Palácio dos Correios (Praca Pedro Lessa, s/n – Centro Histórico), no Vale do Anhangabaú.

Fonte: Secretaria Especial de Comunicação/Prefeitura de São Paulo

Foto de topo: Imagem ilustrativa (Freepik)

 

Observação: o Sobreviva em São Paulo não se responsabiliza por possíveis alterações nas informações acima, que são válidas até a data de publicação.

Sobre o autor

Publicitário, especializado em Marketing e Comunicação Integrada. Amante da vida, encantado por pessoas e suas singularidades. Fã inveterado de filmes de terror, ouvinte assíduo de música jamaicana e rock pesado. E, claro: Vai, Corinthians!

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