Nós somos infinitos

Nós somos infinitos

Como seres humanos que somos, é um hábito nosso subestimar as próprias capacidades e talentos que nos foram dados. Às vezes nos comparamos com as aves, que com seus voos belíssimos atingem lugares que podem ser inalcançáveis para nós, e às vezes nos colocamos em um páreo com outros de nossa mesma espécie, afinal “a grama do vizinho sempre é mais verde”, não é mesmo?

Seria desnecessário e totalmente impossível tentar alterar isso em nós. Assim como a cor de nossos olhos, é como se todo esse senso, essa necessidade de almejar mais do que temos, fosse pura obra da genética, características enraizadas em nosso DNA.
Dificilmente poderíamos apontar alguma situação em que nos sentimos totalmente satisfeitos com nossas “limitações”….mas, seriam limitações?

Quando eu mencionei o voo do pássaro acima, você imaginou um pássaro voando, aquela sensação de liberdade, correto? Pois é. Agora coloque-se no lugar da ave. Ela não conseguiria chegar a tal conclusão em relação a nenhum quesito humano nem sentir nada do que você sente, e muito menos pensar como deve ser aqui embaixo. Aí que está a verdadeira beleza da humanidade: o pensamento criativo, ou como gostamos de chamar, a imaginação.

É notável o quão ilimitados somos se colocado em questão o surgimento de novos mundos, objetos, curiosidades e outros milhões de coisas em nossa cabeça. Voltemos à grama do vizinho… ao ler aquela frase, você não imaginou uma casa com um gramado mais verde, imaginou? Não. Você relacionou tudo aquilo à uma situação sua, ou até mesmo criou uma situação, vislumbrou o presente ou um futuro diferente, correto?

O ser humano tem, e só ele tem, o dom de criar quantos infinitos ele quiser. A nossa capacidade criativa é tão bela que só de pensarmos por alguns segundos, ideias pulam de algum lugar direto para nossa visão, e pronto. Criamos.

Por mais que certas vezes isso possa ficar um pouco embaçado, nós ainda somos – e à priori acredito que sempre seremos – a raça mais desenvolvida, o “espécime perfeito”. Pensamos, agimos racionalmente e conseguimos, ainda que com certa dificuldade, inibir mesmo que temporariamente ou com muito custo nossos instintos “animais” mais particulares.

São infinitas maneiras de criar o presente, infinitas maneiras de mudar o passado e planejar um futuro, infinitas ideias. E o melhor: dificilmente você, assim como o pássaro, vai precisar dividir algum alimento vislumbrado por dois seres da mesma espécie, pois a razão e o discernimento – características tipicamente humanas – permitem que você procure ou crie mil outras formas de agir diante das situações adversas.

Crie! Aproveite isso que você tem e não subestime seus conhecimentos e capacidades. Agarre uma taça com seu polegar opositor e brinde com o humano ao seu lado. Um brinde à nós, seres humanos, que não só temos ideias e mundos intermináveis para criar, mas também somos nada menos que infinitos!

Atualizado em 02/2021
Foto por Matheus Farias em Unsplash

Sobre o autor

Um cara que é estudante de jornalismo (quase) dedicado, com uma barba ruiva que só vê barbeador (bem) de vez em quando e que gosta de tentar entender o que se passa pela cabeça das pessoas. Meio maluco, mas se entende com a bagunça que é sua mente, gosta de videogames e quadrinhos e é aficcionado por buscar explicações (não) científicas do mundo em que vocês acham que ele vive. Tudo isso enquanto toma uma xícara de chá e ouve discos de vinil de várias décadas atrás.

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