Lee “Scratch” Perry, um mito do reggae, vem para São Paulo em agosto

Lee “Scratch” Perry, um mito do reggae, vem para São Paulo em agosto

Lee “Scratch” Perry (divulgação)

Depois de receber o grande Toots & The Maytals em outubro do ano passado, o Cine Joia se prepara para acolher em seu palco mais uma lenda da música jamaicana: Lee “Scratch” Perry, que desembarca na cidade em agosto.

Jamaicano nascido em 1936, Lee é um dos nomes mais respeitados e expoentes da cena reggae e dub na Jamaica e no mundo. Tendo seu trabalho refletido no desenvolvimento dos gêneros ao longo das últimas décadas, o músico ocupa os altos níveis da indústria fonográfica ao lado de pioneiros do seu gênero, como George Martin, Phil Spector e Brian Wilson.

A carreira musical de Perry começou no final da década de 1950, com o produtor Clement “Coxsone” Dodd em sua gravadora, a famosa Studio One, em Kingston. Depois de alguns anos de parceria, desacordos entre Perry e Dodd devido a personalidade e conflitos financeiros – um tema recorrente em toda a carreira de Perry – levaram-no a deixar a sociedade com Coxsone e buscar novas oportunidades.

Trabalhando com Joe Gibbs, também produtor jamaicano, Perry continuou sua carreira, mas mais uma vez problemas financeiros causaram conflito. Perry associou-se a Gibbs e estreou sua própria label, a Upsetter, em 1968. Seu primeiro single, “People Funny Boy”, que era um insulto dirigido a Gibbs, surpreendeu no volume de vendas. É inesquecível o uso inovador do som de um bebê chorando junto à batida que logo seria identificada como “reggae” – o gênero não tinha nome definido naquele momento.

Durante a década de 70, quando muitas de suas músicas já eram bastante populares na Jamaica e no Reino Unido, Perry fez história também por suas técnicas de produção inovadoras e principalmente por seu caráter excêntrico. Ainda nessa década, o produtor foi um dos responsáveis pela mistura de técnicas que resultaram no dub. Em 1973, Perry construiu um estúdio em seu quintal, o The Black Ark, para ter mais controle sobre suas produções, e continuou a produzir músicos notáveis, como Bob Marley e The Wailers, Junior Byles, The Heptones e Max Romeo. Com seu próprio estúdio à sua disposição, as produções de Perry se tornaram mais pródigas.

Em 1978, o estresse e influências externas indesejadas começaram a incomodar; tanto Perry quanto o The Black Ark rapidamente começaram a ruir. Literalmente, o estúdio pegou fogo. Perry constantemente insistiu que ele queimou “a arca negra” em um ataque de raiva, mas também foi dito que o incêndio poderia ter sido um acidente devido à fiação defeituosa. Após o fim do estúdio, no início da década de 80, Perry passou algum tempo na Inglaterra e nos EUA, realizando shows e criando músicas com diversos colaboradores. E foi no final dessa década, quando ele começou a trabalhar com os produtores britânicos Adrian Sherwood e Neil Fraser (mais conhecido como Mad Professor – que também veio ao Brasil recentemente), que a carreira de Perry começou a voltar às boas novamente.

Em 2003, Perry ganhou o Grammy de Melhor Álbum de Reggae com o álbum “Jamaican E.T.”. Em 2004, a revista Rolling Stone classificou Perry em sua lista dos 100 maiores artistas de todos os tempos. Mais recentemente, ele se associou a um grupo de músicos suíços e se apresentou sob o nome de Lee Perry e White Belly Rats, além de ter feito uma breve visita aos EUA com o grupo Dub is a Weapon como banda de apoio. Atualmente, há dois filmes de longa-metragem feitos sobre sua vida e trabalho: ‘The Upsetter’ (2009) e ‘Vision Of Paradise’ (2015).

Em agosto, o público de São Paulo terá a chance de ver o detentor de toda essa história a poucos metros de distância, no palco do Cine Joia. A iniciativa de trazer o cara para nossas terras é da Skol.

SERVIÇO

#Skol apresenta Lee “Scratch” Perry no Cine Joia

Data: 31/08 (quinta-feira)
Local: Cine Joia (Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade)
Horário: 20h (open doors) | 22h (Lee “Scratch” Perry no palco)
Classificação etária: 18 anos. Entrada de pessoas com 16 ou 17 anos apenas será permitida se acompanhados de um responsável legal ou de um maior de idade portando autorização registrada em cartório. Modelo de autorização: http://bit.ly/autorizaçãodemenorescinejoia.
Ingressos:
Lote 1 – inteira R$ 100,00 / meia R$ 50,00
Lote 2 – inteira R$ 120,00 / meia R$ 60,00
Vendas:
Livepass – http://www.livepass.com.br/event/lee-perry/, ou na bilheteria do Cine Joia (segunda a sexta-feira, das 10h às 14h e das 15h às 18h; durante o fim de semana, a bilheteria abre apenas em dia de show, 1 hora antes da abertura oficial da casa).

O Cine Joia tem capacidade para 992 pessoas e conta com área de fumantes, acesso para deficientes, chapelaria (R$ 5,00) e serviço de vallet (R$ 30,00).

Skol e Música
Música é um pilar fundamental para Skol. Hoje a marca patrocina mais de 20 festivais no Brasil, de diferentes portes, além dos grandes festivais internacionais vindos ao país, estando sempre atenta às tendências do mercado. A marca possui conteúdos diversos produzidos sobre o mundo da música, contando com coberturas exclusivas dos principais shows e festas, e um portal dedicado à música. Acesse www.skol.com.br/music.

Observação: o Sobreviva em São Paulo não se responsabiliza por possíveis mudanças nas informações acima, que são válidas até esta data.

Sobre o autor

Publicitário, especializado em Marketing e Comunicação Integrada. Amante da vida, encantado por pessoas e suas singularidades. Fã inveterado de filmes de terror, ouvinte assíduo de música jamaicana e rock pesado. E, claro: Vai, Corinthians!

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