O Largo da batata tem de tudo. Inclusive um ótimo churrasquinho.
Crônicas de churrasco – Largo da Batata.
Existe o Guia Michelin onde são premiados os melhores restaurantes do mundo. E um dia terei o meu Guia com os melhores churrasquinhos de rua do Brasil. Neste texto, conto o encontro com mais um grande mago das brasas.
O Largo é da Batata, mas o prato é o churrasco: fatiado, temperado e assado por quem sempre trabalhou com isso.
Quando mordi o primeiro pedaço deu para ver que houve um grande cuidado com a carne. Um espetinho de fraldinha que recebeu muito carinho, por quem fez e por quem comeu. A variedade de sabores era enorme. Espetinho de coração para os apaixonados, carne friboi dos irmão JBS e linguiça apimentada para esquentar a sexta-feira.
O preço foi honesto e valeu a pena. Nem o pedaço de gordura atrapalhou aquela delícia em forma de espetinho. Farinha, pimenta e molho de alho, para fechar a tríplice divindade.
O Largo da Batata é frequentado por todas as tribos. Têm os publicitários que vão no Cú do Padre ou no Pitico, têm o pessoal do skate que fica pela praça, o forró atraí os trabalhadores que estão passando, temos os bordéis baratos e agora: o churrasquinho em grande estilo que também vai começar a chamar atenção.
No Largo da Batata onde a miséria, o forró, o skate, os publicitários e os bordéis se misturam, seria um pecado não comer daquele churrasquinho. Fica a dica! É muito fácil encontrar o Sandro, pois a maior propaganda do churrasco de rua, é o aroma.
Atualizado em 03/2021
Foto por Mark Hillary em Flickr