Moto elétrica para entregador: vale a pena?
Será que moto elétrica para entregador é uma boa alternativa?
Tem aumentado cada vez mais a busca por moto elétrica para entregador. Essa é uma das novidades que têm chamado a atenção por ser um meio de locomoção sustentável e até mesmo econômico. Mas será que essa é realmente uma boa ideia para quem trabalha com entregas e deseja substituir uma moto convencional?
Antes de fazer uma escolha como essa, é preciso avaliar os prós e contras. Já existem diversos modelos dessas motos no Brasil, mas antes de comprar uma é preciso entender melhor como elas funcionam.
Por isso, ao longo do texto vamos apresentar as vantagens e desvantagens da moto elétrica para entregador e ajudá-lo a saber se essa alternativa vale a pena. Afinal de contas, se levarmos em consideração alguns quesitos, a resposta pode até parecer óbvia. Mas não é. Continue lendo para entender melhor.
O que é uma moto elétrica e como funciona?
Como o próprio nome já diz, uma moto elétrica é um veículo movido por um motor elétrico, que utiliza baterias recarregáveis como fonte de energia. Ao contrário das motos convencionais movidas a gasolina, a moto elétrica não produz emissões de gases poluentes.
Além disso, elas são bem mais silenciosas e possuem funcionamento mais suave do que as motos convencionais, embora atinjam velocidades menores. Mas apesar de ser uma novidade, o funcionamento é bastante simples.
As baterias armazenam a energia elétrica que é utilizada pelo motor para movimentar a moto. Quando a bateria estiver próxima de acabar, a moto elétrica deve ser conectada a uma fonte de energia elétrica para recarregar ao contrário de abastecer.
Dependendo do modelo da moto, o tempo de recarga pode variar, mas costuma ser de 4 a 12 horas. É justamente esse um dos principais questionamentos quando o assunto é se moto elétrica para entregador pode ser uma boa. Elas também exigem um lugar adequado para serem recarregadas.
Moto elétrica para entregador: qual tipo de habilitação é exigida para dirigir?
Quem já tem carteira para dirigir motos convencionais pode dirigir moto elétrica. No Brasil, a habilitação exigida para dirigir uma moto elétrica é a mesma das motos movidas à gasolina: a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria A.
Isso significa que o processo para ter habilitação também é o mesmo de uma moto normal, sendo necessárias aulas teóricas e práticas, além da aprovação na prova final. Porém, é bom pesquisar, pois algumas motos elétricas podem exigir habilitações especiais devido ao tamanho, peso ou potência.
O que é preciso para fazer entregas com moto elétrica?
Mas e as taxas? Será que moto elétrica para entregador também paga? A resposta é sim. As motos elétricas são enquadradas como ciclomotores iguais às motos normais, sendo necessário o emplacamento e licenciamento junto ao DETRAN.
Outro requisito exigido pela legislação brasileira é a obtenção do selo de identificação da bateria, que comprova a origem e a capacidade da bateria utilizada na moto elétrica. Esse selo é fornecido pelo Inmetro e é obrigatório.
Além disso, é necessário utilizar capacete e ter o seguro obrigatório, o DPVAT. Ele é o mesmo exigido para veículos movidos à gasolina, porém o valor costuma ser um pouco menor.
Emplacamento de moto elétrica para entregador
Entregadores do Rappi, do iFood e de outras plataformas precisam ter a mesma placa utilizada pelas motos convencionais se investirem em uma moto elétrica. Ela é amarela e possui três letras e quatro números.
O valor do emplacamento provavelmente será semelhante também. Mas é preciso observar a legislação que pode variar conforme estados ou cidades. Algumas localidades adotam leis distintas sobre o emplacamento de veículos.
Quanto custa uma moto elétrica para entregador?
Como estamos falando de algo que ainda é novidade e muitas vezes a fabricação é importada, os preços das motos elétricas podem variar bastante. Isso vai depender da marca, modelo, potência, autonomia da bateria e outras questões.
No Brasil, é possível encontrar modelos de moto elétrica para entregador a partir de R$ 6 mil reais, mas existem modelos bem mais caros. São motos novas, que costumam ser fáceis de pilotar e que podem ser adquiridas com um empréstimo online para quem tem score baixo.
Porém, o mais importante para profissionais autônomos é observar o tempo de autonomia da bateria. A maioria das baterias dura aproximadamente 30km, o que acaba sendo insuficiente na maioria das vezes.
Ao adquirir uma moto elétrica, é preciso considerar também os custos de manutenção. É bem provável que em algum momento a bateria tenha que ser trocada.
Prós e contras da moto elétrica para entregador
Se você é daquelas pessoas que prefere colocar no papel vantagens e desvantagens, nós vamos te ajudar. Veja quais são os pontos positivos e negativos da moto elétrica para entregador.
Prós:
- Economia de combustível;
- Menos manutenção do que motos normais;
- Zero emissão de poluentes;
- Fácil de dirigir e se movimentar no trânsito urbano;
- Vai continuar valorizada;
- Mecânica mais simples.
Contras:
- Autonomia baixa da bateria. A maioria das baterias dura apenas 30km, o que pode ser insuficiente em uma moto elétrica para entregador;
- Custo inicial mais elevado do que motos convencionais;
- Carregamento da bateria pode ser demorado;
- O custo de substituição da bateria pode ser elevado;
- Não carrega em qualquer lugar;
- Peças podem ser caras.
Comprar ou não comprar uma moto elétrica para ser entregador?
Ao longo do texto foi possível conhecer mais sobre as motos elétricas e o que é preciso para utilizá-las em entregas. Mas talvez ainda reste dúvidas se vale a pena ou não. Para o dia a dia, as motos elétricas são ótimas. São econômicas com combustível e amigáveis com o meio ambiente.
Entretanto, a baixa autonomia das baterias acaba sendo um desafio quando o assunto são as entregas. Especialmente para quem está acostumado a fazer uma carga horária alta ou longas distâncias.
Com todas essas informações, podemos concluir que, no momento, a moto elétrica para entrega não é uma boa opção. E o motivo é simples: a bateria dificilmente aguentaria um trânsito intenso como o de São Paulo ou de outras grandes capitais. Mas é uma alternativa que com as devidas melhorias vai se tornar cada vez mais comum.