Com casa cheia, Sublime With Rome tocou hits clássicos e novos na Audio

Um pedaço da Califórnia veio ao Brasil na última semana… Estamos falando do Sublime With Rome, banda emblemática do estado americano famoso por seu litoral e por ser um celeiro de grupos musicais representativos principalmente das cenas punk rock, hardcore e reggae dos EUA.

Com uma história incomum, já que perdeu seu vocalista original precocemente (quando se chamava “Sublime”) e teve que se reinventar anos depois, o Sublime With Rome consegue unir fãs da época áurea, chamada por alguns de “era Sublime”, com fãs novos, conquistados depois do retorno da banda à ativa, com o vocalista Rome Ramirez no lugar que era ocupado pelo finado Bradley Nowell.

No show que rolou na Audio, aqui em São Paulo, na sexta-feira (14/09), o Sublime With Rome subiu ao palco em grande estilo, como já era esperado pelos fãs. Mas, antes disso, outras ótimas atrações serviram de aquecimento para o show do trio californiano.

A banda paulista Olevante, fazendo um mix admirável de rock, reggae e rap, inaugurou o palco da Audio naquela noite, mostrando porque foi vencedora da promoção “Temos Vagas”, organizada pela 89FM – a Rádio Rock. Dava-se por iniciada então a festa musical, que continuou com a apresentação do rapper paulistano Rael.

As músicas de Rael são famosas por terem letras inteligentes e bem elaboradas, e foi isso, aliado a uma sonoridade que também misturava rap, reggae e pitadas de rock e pop, que o músico mostrou à plateia, que naquele momento já lotava a Audio. “Rouxinol” e “Aurora Boreal” são duas músicas que ilustram os momentos mais curtidos e festejados do show, que contou também com um cover da música “My Girl”, do The Temptations. Assim, Rael entregou ao público um aquecimento digno e animado para a apresentação principal da noite.

Dando fim à longa espera dos fãs, Rome Ramirez (vocal e guitarra), Eric Wilson (baixo) e Carlos Verdugo (bateria) subiram ao palco e fizeram aquilo que todos esperavam: trouxeram para São Paulo um saborzinho da Califórnia, mostrando músicas das distintas fases da banda. Clássicos da “era Sublime” e músicas dos dois álbuns do trio atual – “Yours Truly” (2011) e “Sirens” (2015) – fizeram a alegria da plateia, que cantou, dançou e sorriu com a banda durante todo o tempo.

Sucessos do antigo Sublime, “Date Rape”, “Smoke Two Joints” e “Wrong Way” iniciaram a apresentação, que seguiu com “Murdera”, hit da nova fase do grupo. O simpático Rome Ramirez era o único da banda que interagia com o público, mas pouco falava. A clássica “Badfish”, “Panic”, “Let’s Go Get Stoned”, “Take It or Leave It”, “Doin’ Time”, a novíssima “Wicked Heart” – que o trio lançou em agosto e deve figurar no próximo disco -, e até um cover: “We’re Only Gonna Die”, do Bad Religion, entre outras músicas, não faltaram naquela noite de êxtase.

O final foi apoteótico: após a famosa paradinha que toda banda dá na reta final dos shows, o Sublime With Rome voltou e presenteou o público com dois hits atemporais: “What I Got” e a aguardadíssima “Santeria”, provavelmente uma das músicas de ska mais tocadas em rádios nos anos 90 – e que foi uma das responsáveis pela “explosão” do sucesso da banda na época.

Assim, mesmo com uma voz não muito similar à de Bradley Nowell, Rome Ramirez não fica devendo em nada para seu antecessor no quesito “talento”. As músicas gravadas originalmente pelo primeiro vocalista ficaram ótimas cantadas ao vivo pelo atual. Eric Wilson, único do trio remanescente da primeira formação, estava discreto no palco, mas seu baixo ecoava alto e forte pela casa. Enfim, foi um show ótimo e digno da “marca Sublime”, independente da época ou da formação.

Mais uma iniciativa da HonorSounds
O show do Sublime With Rome em São Paulo foi organizado pela HonorSounds, que vem popularizando a importância da doação de alimentos através da gincana cultural #corridacontrafome, promovida em todos os eventos de música ao vivo do projeto, e que firmou uma parceria com as Casas André Luiz.

Sobre o autor

Piero Paglarin

Publicitário, especializado em Marketing e Comunicação Integrada. Amante da vida, encantado por pessoas e suas singularidades. Fã inveterado de filmes de terror, ouvinte assíduo de música jamaicana e rock pesado. E, claro: Vai, Corinthians!