Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File) acontece na Fiesp até o fim do mês
A conexão entre a arte, a criatividade e a tecnologia. Esta é a base das mais de 230 obras que estão sendo apresentadas desde 13 de julho em mais uma edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File), que acontece no Centro Cultural Fiesp (Av. Paulista, 1313 – Cerqueira César), próximo à estação Trianon-Masp (Linha 2-Verde do Metrô).
Desde que foi criado, em 2000, o File apresenta no Brasil o que há de novo em poesia e estética da arte eletrônica em todo o mundo.
Na edição de 2022, disponível para visitação do público até o final deste mês, o tema é a Supercriatividade, que permeia trabalhos de videoarte, animações, games, trabalhos de realidade aumentada e de inteligência artificial, além de instalações interativas.
“Estamos retomando [o File] após quase três anos de pandemia. (…) Inicialmente a gente tinha trabalhado um evento todo ligado à inteligência artificial. Mas a Supercriatividade trabalha justamente a questão de refletir sobre como ela existe independente da própria inteligência artificial. A inteligência artificial é apenas uma ferramenta, da qual alguns trabalhos aqui fazem uso”, disse Paula Perissinotto, co-fundadora e organizadora do File.
“A criatividade está presente (…) não só nas artes, como em várias áreas e aspectos da nossa sociedade. E é isso que a gente tenta trazer como reflexão aqui dentro”, acrescentou Paula, em entrevista à Agência Brasil. “Os visitantes vão encontrar aqui muitas formas de perceber o uso de tecnologia como uma ferramenta de criação, não só de consumo”, ela complementou.
Obras e experiências
Entre os destaques da exposição está a instalação #L1, de Fernando Velásquez, trabalho que contou com a participação do programador Gustavo Milward. Em entrevista à Agência Brasil, ele contou que a obra, que consiste em 16 barras de neon, não é interativa, mas é única: cada visitante que passar por ela vai ter uma experiência diferente. Essas barras de neon vão acendendo ou apagando, ou mudando a intensidade da luz, de acordo com algoritmos. “Ela não é uma obra interativa. Não tem sensores que captam movimento, por exemplo. Mas ela tem uma lógica. É uma obra que nunca vai se repetir: ela sempre vai gerar variáveis. Uma pessoa que entrar aqui vai ver uma coisa. Uma outra, terá outra experiência”, falou Milward.
O File apresenta também uma imensa parede com 140 QRCodes. A cada clique, uma nova experiência será dada ao público. “São 140 obras que estão dispostas em QRCode e as quais elas podem ver do seu próprio celular, com o seu próprio fone de ouvido. São obras de videoarte, arte digital e arte sonora”, falou a organizadora do evento.
Do lado de fora, o próprio edifício do Centro Cultural Fiesp serve de palco para exibições e projeções que acontecem diariamente, enquanto durar o festival. Essa intervenção na área externa do prédio pode ser vista por qualquer pessoa que circular pela Avenida Paulista entre as 19h e as 6h.
SERVIÇO
O Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File) tem entrada gratuita, livre para todas as idades, e fica em cartaz no Centro Cultural Fiesp (Av. Paulista, 1313 – Cerqueira César) até o dia 28 de agosto, podendo ser visitado de quarta a domingo, das 10h às 20h. Mais informações sobre o festival e suas atrações podem ser consultadas neste link.
Fonte: Elaine Patricia Cruz/Agência Brasil
Foto de topo: Rovena Rosa/Agência Brasil
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