Em show no Morumbi, Iron Maiden reafirma que é uma das bandas mais espetaculares do rock

Em show no Morumbi, Iron Maiden reafirma que é uma das bandas mais espetaculares do rock

Uma das diversas bandas que estão agitando o show business musical no Brasil neste mês – principalmente por conta do Rock In Rio 2022 – o Iron Maiden trouxe sua “Legacy of the Beast World Tour 22” ao país e se apresentou em Curitiba (27/08), Ribeirão Preto (30/08), Rio de Janeiro (no Rock In Rio, dia 02/09) e São Paulo (04/09), onde encerrou esta aguardada turnê brasileira.

Na capital paulista, tocando pela terceira vez no Estádio do Morumbi (as outras foram em 2011 e 2019), a “Donzela de Ferro” (como é apelidada a banda) não decepcionou: em uma noite de muito frio, Bruce Dickinson (vocal), Dave Murray (guitarra), Adrian Smith (guitarra), Janick Gers (guitarra), Steve Harris (baixo) e Nicko McBrain (bateria) mostraram mais uma vez porque o Iron Maiden é uma das bandas mais cultuadas de todos os tempos no rock mundial.

Abertura

Na fria noite de domingo, dia 4 de setembro, tudo começou antes mesmo do sexteto britânico subir ao palco, com o show de abertura da banda sueca Avatar, que já encontrava um Morumbi cheio quando entrou em cena, por volta das 18h45. Fazendo uma mescla de metal melódico com thrash metal, os suecos mostraram muita empolgação em sua estreia em palcos paulistas – já que a banda nunca tinha se apresentado no Brasil – e fizeram um show bastante competente e uma abertura digna do espetáculo que estava por vir com o Iron Maiden.

Iron Maiden

Na lotada plateia do Morumbi, era possível ver pessoas de várias idades, incluindo famílias inteiras. Não muito tempo depois do show do Avatar, quando as luzes do palco se apagaram e as caixas de som do estádio começaram a tocar “Doctor Doctor”, do UFO – música escolhida como introdução de todos os shows desta turnê – o público já sabia o que vinha em seguida. Enfim, por volta das 20h10, subia ao palco o Iron Maiden.

Foto: Piero Paglarin

Na entrada da banda, o palco se mostrava decorado com elementos que lembravam casas japonesas, visto que o novo álbum do grupo, “Senjutsu” (2021), tem temática nipônica e é o trabalho que contém as três primeiras músicas tocadas: “Senjutsu”, “Stratego” e “The Writing on the Wall”. Nesse primeiro ato do show, a plateia ainda se mostrava relativamente morna, provavelmente por estar esperando músicas mais antigas e conhecidas, que seriam tocadas na sequência.

Então, “Revelations”, “Blood Brothers”, “Sign of the Cross” e “Flight of Icarus” deram continuidade à surra de heavy metal. Entre uma e outra, o cenário do palco constantemente mudava de acordo com o tema da música tocada. Bruce Dickinson também trocava de figurino quase que a cada música e ainda cantava empunhando elementos inusitados (para quem nunca viu um show do Iron Maiden), como um lança-chamas e uma cruz negra com luzes, além de uma espada similar às de esgrima.

Ainda com frequentes mudanças de cenários (quase teatrais), a oitava música tocada foi “Fear of the Dark”, que arrancou gritos entusiasmados do público e puxou uma fila de sucessos que foi seguida por “Hallowed Be Thy Name”, “The Number of the Beast” e “Iron Maiden”. Então, a banda fez uma breve parada e voltou ao palco para executar uma trinca de ases de sua discografia: “The Trooper”, “The Clansman” (a menos popular das três) e “Run to the Hills”.

Com o público ainda em êxtase após a sequência de verdadeiras porradas do heavy metal, a banda fez mais uma parada e voltou, desta vez, para encerrar a noite. O hit escolhido para isso foi “Aces High”, precedida pelo discurso de Winston Churchill que é presente na faixa original. Nessa hora, também, a última mudança de cenário acontecia no palco, com um avião antigo aparecendo do teto, suspenso por cordas de aço – combinando com o figurino de Bruce Dickinson no momento, que fazia alusão a um piloto.

Foto: Piero Paglarin

Performance

Sem exceção, o sexteto reafirmou a fama do Iron Maiden em fazer shows épicos. Enquanto Bruce Dickinson mostrou do começo ao fim do show que sua voz continua em dia mesmo com 64 anos de idade, o trio das guitarras – Murray, Smith e Gers – se revezava nos solos longos durante as músicas, visto que solos demorados e muito bem trabalhados são característica marcante da banda. 

Além disso, Bruce e o quarteto de cordas pareciam crianças no palco, correndo de um lado para outro em diversos momentos. Nicko McBrain, o baterista, também mostrou bastante carisma e saudou o público nas vezes em que a banda fazia suas paradas – além de ter mostrado ser um monstro da batera!

Foto: Iron Maiden

A cenografia, esplendorosa, era quase um sétimo integrante da banda no show. Variando com frequência, mas sempre mostrando magnitude em elementos como labaredas, o avião de “Aces High” e até uma “cabeça de Eddie” em 3D se movendo, os cenários da “Legacy of the Beast World Tour 22” são um espetáculo a parte.

Em resumo, o Iron Maiden trouxe a São Paulo o que o público já tinha certeza que ia ver: um show grandioso e espetacular como todo show da banda. Afinal, em termos de apresentações ao vivo, com o Iron Maiden não existe decepção. Alguém discorda? 

Confira o setlist na íntegra tocado pelo Iron Maiden no show realizado no Estádio do Morumbi, em 4 de setembro de 2022:

– Senjutsu
– Stratego
– The Writing on the Wall
– Revelations
– Blood Brothers
– Sign of the Cross
– Flight of Icarus
– Fear of the Dark
– Hallowed Be Thy Name
– The Number of the Beast
– Iron Maiden

Após breve parada:
– The Trooper
– The Clansman
– Run to the Hills

Após breve parada:
– Aces High

Foto de topo: Iron Maiden

 

 

Sobre o autor

Publicitário, especializado em Marketing e Comunicação Integrada. Amante da vida, encantado por pessoas e suas singularidades. Fã inveterado de filmes de terror, ouvinte assíduo de música jamaicana e rock pesado. E, claro: Vai, Corinthians!

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