Apaixone-se… de verdade!

Apaixone-se… de verdade!

Encontre alguém que te encante com os olhos, o sorriso, a voz. Ache aquela pessoa com aquele toque maravilhoso nas mãos, cujos dedos se entrelacem perfeitamente com os seus, da mesma maneira que as peças unem-se para formar uma coisa só.

Descubra quem cria em você sentimentos nunca antes experimentados, quem desperta em seus anseios e prazeres a vontade mais sincera e fulminante de sair por aí cumprimentando as pessoas e dividindo com elas sua felicidade.

Mostre e prove para si mesmo que aquele olhar e aqueles sorrisos despretensiosos são tudo o que você sempre procurou. Curta o sabor de ouvir cada palavra que sai daqueles lábios que antes desconhecidos, nunca pareceram tão presentes em toda a sua vida até aquele momento (em seus sonhos, talvez?)

Não seja superficial, não permita-se apaixonar somente pelos beijos ou demonstrações íntimas de afeto. Essas momentâneas satisfações devem completar o que se sente, e não significar o sentimento todo.

Apaixonar-se é a mais pura maneira de entregar-se a um turbilhão de emoções involuntário, do qual diferentemente de todos os outros, nós não queremos fugir e nem entender.

Entregue-se àquela pessoa cujas concepções e vontades encontrem-se às suas, e não àquela pessoa cujos seios lhe atraem mais do que o intelecto. Então, de tanto se apaixonar, ame.

Ame como se o mundo dependesse daquilo que você sente para manter-se em pé. Ame cada xícara de café com a pessoa amada, sinta as sensações mais gostosas do mundo ao pegar nas mãos dela, dance na cozinha, não esconda. Mostre para todos o quanto você ama.
Daí então você vai gostar dos beijos, do corpo, do físico. Isso vem de maneira automática. A ideia é amar o beijo, amar o toque nu de um corpo no outro, amar os arranhões, marcas e olhares depois de uma noite a dois.

Sim, amor. Que mal há em amar para que as pessoas esqueçam disso e olhem somente o superficial? Porque ninguém mais se apaixona por palavras, gargalhadas, conversas?

O físico envelhece. Um dia os seios não serão mais da mesma maneira, a barriga surgirá, os momentos íntimos serão mais escassos e as rugas ocuparão grande parte das linhas de expressão do rosto. Se quando isso acontecer houver um afastamento mútuo, nunca existiu amor de verdade.

Agora, se quando a idade chegar a união for ainda mais forte, aí sim foi amor. Afinal os seios podem não estar no mesmo lugar, mas aquelas covinhas do sorriso, os olhos verdes e aquele jeito de segurar as mãos nunca mudarão, e isso tudo, uma vez amado, é para sempre.

Atualizado em 02/2021
Foto por Leonardo Sanches em Unsplash

Sobre o autor

Um cara que é estudante de jornalismo (quase) dedicado, com uma barba ruiva que só vê barbeador (bem) de vez em quando e que gosta de tentar entender o que se passa pela cabeça das pessoas. Meio maluco, mas se entende com a bagunça que é sua mente, gosta de videogames e quadrinhos e é aficcionado por buscar explicações (não) científicas do mundo em que vocês acham que ele vive. Tudo isso enquanto toma uma xícara de chá e ouve discos de vinil de várias décadas atrás.

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