Esse ano vai ser diferente…
Nada contra o passado, mas quem vive de passado é museu. O novo precisa de aventuras, de mudanças e de novas metas. Precisa evoluir, deixar a inércia de lado e caminhar a passos largos; tropeçar faz parte, se cair, caia de cabeça, vai valer a pena. Preparei uma oração para quem ainda não fez a lista de metas e pedidos.
Oração.
Agradecer primeiro, a gosto.
A ceia não será farta e repleta de alegria em um só dia (31). Vou fazer disso uma meta, terá alegria em todas as refeições, mesmo quando fraquejar, terei um momento de alegria e esperança, assim como na virada do ano.
Esse ano, não vestirei roupas brancas ou vermelhas (look de acordo com suas crenças), pedindo amor e paz, buscarei o amor todos os dias, será uma das metas. E a paz, vou focar nela, mesmo quando a guerra for eminente.
Esse ano não viajarei só uma vez, vou viajar sempre que possível, mesmo que na rua, na chuva ou na maionese. Para quem quer aventuras, uma voltinha é sempre inspiradora.
Não farei promessas impossíveis de serem alcançadas, traçarei metas ambiciosas, haverá progresso. Se cair, cairei por cima, “mire no céu, se errar estará perto das estrelas”.
As promessas que já estão enferrujadas e são clichês todos os anos, não serão mais usadas como metas, e não caberão mais desculpas. Deixarei as promessas de segunda feira de lado.
O ano não pode mudar sozinho, aliás ele será bem parecido com os outros, muitos dias, muitas horas, que passarão voando. Quando piscar os olhos, já será o seu fim e começará tudo de novo. A rotina é um monstro que nos engole e quando menos esperamos ela já está no comando.
Ao invés de pular 7 ondinhas, vou me jogar, mergulhar de cabeça no ano, só sair dele no fim e molhado. Vou de óculos e roupa de mergulho, esse “ti bum” será longo, posso encontrar muitas surpresas, como já é de se esperar do mar; mas não fraquejarei, vou usar todos os tipos de nado que conheço, prender a respiração quando preciso e mergulhar mais fundo quando necessário.
Esse ano será diferente, porque quem vai mudar sou eu, não vou mais esperar um ano magico ou o juízo final. Se quero mudar, serei a mudança. Muito fácil jogar a responsabilidade para o outro, ainda mais em um de ‘costas largas’ como um ano, eles são grandes, longos e resistentes. Muito fácil se esconder atrás. Esperar o próximo era uma alternativa, agora não é mais. Todo dia é um novo dia.
Espero que ao final do ano que vem não esteja aqui lendo essa oração novamente. Pois aí saberei que fracassei como nova pessoa e o novo ano não veio.
Sobre o autor
Marcelo Antunes
Defini-lo é difícil, se diz Escritor e poeta, com formação e atuação nas áreas de comunicação, mas na verdade é apenas um rapaz latino americano, que escreve para se libertar de seus pensamentos. Procura transcrever com palavras o que seus olhos registram e o seu coração sente. Literalmente.